Algumas conversas que tive recentemente e um post no Stories de uma conhecida do Ensino Médio com algumas mensagens que me fizeram refletir um pouco sobre 2017 e a vida, no geral.
Minha reflexão girou em torno de algumas amarras mentais que costumamos colocar em nós mesmos, sem entender o porquê ou o que estamos fazendo. Já reparou como, às vezes, nos colocamos para baixo indiretamente, através de simples decisões cotidianas que tomamos? Deixar de fazer algo por não se achar capaz, não conversar com alguém por não se achar bom o suficiente, não tentar mudar algo que te deixa infeliz por achar que não vai dar certo, afundar-se na zona de conforto por medo do novo são algumas das formas através dos quais o fantástico fenômeno do “melhor não” entra em ação,
2017 foi o ano mais louco de toda a minha vida em inúmeros níveis. Saltei de paraquedas. Comecei a trabalhar em um lugar novo e, mais uma vez, exerci mil funções diferentes (e adorei isso!). Viajei para alguns cantinhos do Brasil a trabalho: lavei a alma em um (BH), quase morri de calor em outro (Goiânia… mas juro que também morri de amor pela cidade!), acabei me apaixonando por um deles (alô, Curitiba! Eu volto!) e já sei que no ano que vem tem mais. Conheci pessoas incríveis e cada uma delas me ensinou algo novo. Terminei a faculdade (essa ideia ainda me parece surreal, juro) com glórias, prêmios, trabalhos incríveis e vínculos que não consigo nem descrever. Passei a ter ao meu lado duas amigas que o destino inesperadamente me reservou (alô, Gabi e Thaisão!) e que foram os motivos de eu não ter entrado em estado de parafuso nesse ano. Fiz um curso de moda enquanto tentava me encontrar no meio da minha eterna confusão interna. Meu irmão se casou. Vi duas das minhas bandas preferidas ao vivo e diretamente da grade. Ganhei mais produtos de beleza do que um ser humano consegue usar. Aprendi um milhão de coisas novas. Fiz locução em um programa de rádio e em um documentário na faculdade e gostei. Me fantasiei de Tiffany (Bride of Chucky). Desfiz laços (com muita, MUITA dor no coração), mas por amor próprio e ao próximo. Me senti pertencente e importante. Saí da zona de conforto. Mudei um pouco da minha essência e, quando percebi que isso aconteceu, parei, respirei e resolvi fazer algo a respeito. Me blindei. Fiz e disse coisas que nunca me imaginei fazendo e dizendo. Quebrei mais um pedacinho da casca que me impede de viver um dia de cada vez. Continuo fazendo planos como uma louca, arquitetando possíveis alternativas e me sentindo meio desesperada com a pluralidade de opções que a vida enfia no meu caminho todos os dias, mas joguei as coisas nas mãos do universo e tive respostas, percebendo como ele encaixa as coisas direitinho, nos momentos certos.
Basicamente, nesse ano eu me permiti muitas coisas diferentes e passei a sentir um alívio que eu não sentia há tempos. Foi um ano sufocante, desesperador, angustiante, cheio, pesado, mas eu seria muito idiota se não reconhecesse o seguinte: ele foi mais uma sequência de testes da vida para me preparar para algo do qual eu não tenho noção das proporções. Já sei muito bem que 2018 me reserva mais um milhão de novas experiências porque sei que não vou me limitar, não vou deixar os sinais que meu coração capta passarem batidos (porque sei muito bem que esse meu sexto sentido não falha e que me dou mal toda vez que ignoro) e vou me libertar mais um pouquinho de todas aquelas amarras sobre as quais falei ali em cima.
Essa sensação tão sublime que eu sinto agora é algo que eu quero me permitir sentir todos os dias da minha vida e acho absurdo não ter me permitido isso antes.
Uma pessoa me disse que isso é um caminho sem volta.
Espero que seja. Em todos os sentidos que “espero que seja” pode carregar aqui nesse contexto.